Historiador de formação, arquivista visual de profissão e turista-viajante por opção, é um blogger de escrita e fotografia de viagens, tendo sido nomeado na categoria de Fotografia nos BTL - Blogger Awards (2016 e 2017) e finalista dos Discoveries Awards 2019, na categoria de Escrita. Nos seus tempos livres, dedica-se às suas três grandes paixões: a Fotografia, a História e as Viagens.
Em 2011, criou um blogue. Como surgiu a ideia de se tornar blogger de escrita e fotografia de viagens?
OLIRAF deriva de Rafael Oliveira. A ideia do nome para o blogue, de cariz mais pessoal, surgiu durante uma conversa, em 2008, com o meu amigo de família, Vítor Fernandes, um artista plástico de Carnaxide, que me aconselhou a criar um pseudónimo para a minha recente faceta artística, designadamente, a arte fotográfica. Comecei na “blogosfera” por acaso. Faço parte de uma geração que utilizava, e ainda utiliza, os blogues para pesquisar e extrair informação sobre inúmeros temas. Foi numa aula de História da Idade Média, quando frequentava o segundo ano da Licenciatura em História da FCSH-UNL. Durante a apresentação ao docente, um dos maiores especialistas em História Militar da Idade Média Portuguesa, o Professor Miguel Gomes Martins, perguntou-me o que gostava de fazer nos tempos livres. Em resposta, referi que uma das minhas paixões era viajar por Portugal e fotografar os inúmeros Castelos Medievais, um pouco à semelhança do escudeiro real de D. Manuel I, Duarte d’Armas, que foi incumbido de registar e desenhar os inúmeros “guerreiros de pedra” ao longo da fronteira luso-espanhola.
Esse “sonho” materializou-se, mais tarde, no blogue OLIRAF. Ainda não tinha a ideia de me tornar blogger nem tinha descoberto o meu “nicho” de mercado. Era simplesmente aproveitar o momento e, mais tarde, foquei-me na divulgação das minhas imagens e da literatura de viagem, particularmente, o relato de crónicas de viagens.
Refere no seu blogue que “Nas viagens podemos sentir bem o que fomos, o que somos e o que podemos ser…” Em que medida as viagens que realizou mudaram a sua vida?
As minhas deslocações, sejam elas em trabalho, em contexto académico ou em férias, têm sempre um propósito fotográfico. Ainda hoje, munido de uma máquina fotográfica, procuro materializar esta ideia. Com a divulgação do nosso projeto de fotografia e escrita de viagens, através das inúmeras menções do nosso blogue, cresceu também a nossa vontade de viajar. Nas viagens, o mais importante não é o destino, mas a viagem em si. Como aprendiz de viajante andarilho, citando o geógrafo Orlando Ribeiro, tenho muito a aprender e a conhecer em viagem. Para mim, as viagens são o melhor investimento de valorização pessoal. É uma espécie de “currículo oculto”. Infelizmente, não tive oportunidade de realizar um programa Erasmus. Hoje, arrependo-me. Viajar ajuda-nos a conhecer o melhor de nós. Coloca-nos em situações a que não estamos habituados no quotidiano, faz-nos interiorizar outras mentalidades e coloca-nos em experiências enriquecedoras para o nosso crescimento. Por exemplo, a elaboração de diversos planos ou roteiros de viagem, face a uma alteração repentina. E isso pode ser uma mais-valia para a nossa vida profissional e pessoal. Esta responsabilidade de oferecer conteúdos programáticos diferentes e experiências inovadoras levou-nos a promover recursos e produtos turísticos com impacto positivo no território. As pessoas, hoje em dia, preferem passar mais tempo numa determinada região do que ter uma passagem fugaz. É o Turismo de Experiências.
Quando teve o seu primeiro contacto com a fotografia?
Já fazia fotografia, como hobbie, desde 2008. Recordo-me de que, durante um passeio de fim-de-semana pela região do Alentejo, fui conhecer o concelho de Montemor-o-Novo. Fiquei fascinado com a dimensão do seu castelo medieval, pelas ruínas abandonadas do interior e pela paisagem em redor. Foi ali que nasceu o “bichinho” pela fotografia e pela paixão de inventariar, fotograficamente, os inúmeros castelos do nosso país. Ainda hoje esta vontade persiste, e ainda bem.
Como descreve o seu estilo fotográfico?
Não tenho propriamente (ou escolho) um estilo. Os estilos é que me escolhem a mim. O campo da fotografia, como dos blogues, é bastante amplo e diversificado. Acho que sou um fotógrafo de diversos estilos, estes vão-se revelando à medida das minhas vivências e experiências ao longo da vida. Cada pessoa tem formas diferentes de expressar a sua liberdade artística. Mas confesso que o meu estilo fotográfico se foca muito nas minhas vivências ao longo de mais de três décadas, particularmente a fotografia documental e de viagem, direcionada para a temática de contar histórias visuais – Visual Storytelling – através de imagens. Procuro focar-me e especializar-me numa certa área. O interesse pela História e Geografia são notórios no meu olhar fotográfico. É o caso da fotografia de paisagem, de património e da fotografia documental. O meu estilo fotográfico é estar atento ao que me rodeia, onde a máxima é estar no local certo e na hora certa. Como disse o fotógrafo Robert Capa: “Se as suas fotografias não são suficientemente boas, não está suficientemente perto”. Por exemplo, o património arruinado são “lugares invisíveis” aos olhos da maioria da sociedade. Todavia, os fotógrafos são mais sensíveis à degradação do nosso património edificado abandonado, conseguindo retirar beleza dos mesmos. Existem poucos olhares, e técnicas fotográficas, menos sensibilizados para esta causa. Tento replicar um pouco do conceito da fotografia de moda – o apelo ao belo para vender um determinado produto ou marca – ao património histórico-cultural. As ruínas também têm beleza no caos, destruição e abandono.
Onde encontra inspiração?
Em qualquer lugar. A minha cabeça é o meu escritório. Um artista deve a sua inspiração ao seu cérebro. Porém, existem locais que inspiram a criação artística. No meu caso, ao apreciar uma paisagem, andar de comboio ou estar numa biblioteca sinto o apelo à criatividade. São locais e espaços que nos permitem momentos de reflexão e de inspiração. Por exemplo, gosto muito de viajar de comboio. É uma forma cativante de apreciar a paisagem em redor e procurar inspiração para escrever, enquanto estou a viajar. Por vezes, ao ler um livro encontro uma interpelação para ir a um determinado lugar que despertou a minha curiosidade.
Em que área ou género da fotografia se sente mais à vontade ou gosta mais de trabalhar?
A fotografia de paisagem, de património e de viagem é a minha grande paixão. Estes três géneros fotográficos revelam um pouco da minha maneira de ser e de estar no Mundo, isto é, o respeito pelos valores da natureza e do legado patrimonial dos nossos antepassados é fundamental no meu projecto fotográfico. “Memória” e “passado” são duas palavras e conceitos muito importantes para mim. No futuro próximo, pretendo focar-me mais nos retratos individuais das gentes locais. Afinal, as Linhas de Torres Vedras têm rostos que lhes dão cor e vida.
Como surgiu o gosto pela temática do Turismo Militar?
“O gosto pela escrita cresce à medida que se escreve”, disse Erasmo de Roterdão. O Turismo Militar foi um gosto que foi crescendo comigo de uma forma gradual. O gosto pela área militar começou na minha adolescência, quando fui escuteiro no Corpo Nacional de Escutas. Mais tarde, com a licenciatura em História, comecei a conciliar o gosto pelo estudo e investigação histórica, nomeadamente na vertente da História Militar. Sempre que faço reportagens fotográficas e roteiros de viagem, no âmbito do meu blogue, tento conciliar sempre com uma atividade de turismo militar. De facto, conhecer os nossos castelos, fortes e museus é viajar pela história, mas é também uma excelente oportunidade para conhecer o nosso País. É esse o espírito que queremos continuar a promover no nosso blogue e dar a conhecer aos nossos leitores os principais tipos de turismo militar. Nos finais de 2019 dei uma palestra na Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos (APAC), “O Turismo Militar como forma de preservação e salvaguarda do património histórico-militar: o caso do blogue OLIRAF” e realcei, ainda, o apoio de diversos parceiros e entidades, tais como a Mystical Trip, o Grupo de Amigos da Artilharia de Costa Portuguesa, a Rota Histórica das Linhas de Torres e o Grupo de Recriação Histórica do Município de Almeida.
Qual é a diferença entre fotografar património militar ou fotografar outras temáticas?
Há uma grande diferença. Ao fotografar o património histórico-militar, seja o móvel ou imóvel, tenho sempre um gozo tremendo por aquilo que estou a fazer. Há um maior divertimento, confesso. Sinto-me mais confiante e apto a fotografar algo que me dá paixão e gozo a fazer. Nem parece que estou a trabalhar, mas a fazer algo que dá muito gozo em fazer. Sou um privilegiado em conciliar o gosto pela História com a paixão pela História Militar. Por exemplo, quando estou a fotografar recriações histórico-militares das Guerras Peninsulares parece que estou dentro da “ação” e a ser transportado numa máquina do tempo.
As Linhas de Torres Vedras permitem-lhe conciliar as suas três grandes paixões. Já realizou algum trabalho sobre este sistema defensivo?
Confesso que este conjunto de pequenas fortificações de campanha é uma das minhas grandes paixões. É um belo casamento entre o Homem e o Meio. As Linhas de Torres são o meu património afetivo, visto que a maioria das minhas raízes familiares são originárias de Torres Vedras. Há muito património edificado – castelos, fortes, museus, sítios arqueológicos, igrejas e arquitectura popular – e experiências para conhecer, ver e experienciar. Não tenho, particularmente, um trabalho sobre as Linhas de Torres Vedras. Confesso que é um contínuo trabalho. Sempre que tenho algum tempo disponível, vou fotografar os fortes e redutos visíveis e menos visíveis do público. Já tive oportunidade de participar em Fam Trips pela rede dos municípios que integram a Rota Histórica das Linhas de Torres e tenho feito diversas experiências, nomeadamente, provar a gastronomia associada à temática das Linhas de Torres (o famoso bife Wellington), conhecer os espaços de restauração local, o Napoleão Taberna, e degustar os vinhos torrienses da Quinta da Boa Esperança e da Adega Cooperativa da Carvoeira. Tenho também inúmeros artigos publicados no blogue e, mais recentemente, SAPO VIAGENS sobre as Linhas de Torres Vedras. É o caso dos fortes de São Vicente e de Olheiros, que integravam a primeira linha defensiva das Linhas de Torres e a recriação histórica das comemorações dos 200 anos da Batalha do Vimeiro. Sou mais assíduo nas publicações da rede social Instagram. Em breve, irei dar a conhecer no meu blogue os grupos civis e militares que fazem recriação histórica, nomeadamente, a Guerrilha de Montagraço, a Companhia de Artilharia do Sobral, entre outras.
Qual a importância dos bloggers de viagens na promoção do Turismo Militar?
O Turismo Histórico-Militar está em crescimento e, com ele, um nicho que pode constituir uma oportunidade de diferenciação para os blogues de viagem. Confesso que demorei alguns anos a “descobrir” onde posicionar o meu blogue de viagem no mercado português. Recentemente, a convite da Associação de Turismo Militar Português (ATMPT), tive a oportunidade de escrever um artigo sobre a importância dos bloggers de viagens – os “travel bloggers” – na promoção do Turismo Militar. No artigo, refiro que os bloggers ajudam a cativar públicos mais abrangentes e dinâmicos na promoção turística, através dos seus artigos na Internet, de um determinado monumento, cidade ou região. Através da diversidade de conteúdos digitais, os bloggers podem dar a conhecer e oferecer experiências que primam pela qualidade de oferta turística e pela diversidade de programas. Há cada vez mais adeptos a conhecer a História Militar do seu país, nomeadamente, os locais das batalhas e o património edificado histórico-militar associado à mesma. Na Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, do qual sou associado, pretendemos promover relações éticas e transparentes junto dos associados, bem como dar a conhecer novos tipos de turismo aos leitores, onde se inclui o “nicho de mercado” do segmento cultural: o Turismo Militar. Fruto da pandemia Covid-19, sinto que as pessoas estão mais sensíveis, responsáveis e conscientes para a sustentabilidade ambiental e para o conhecimento do património local. Os Blogues, neste campo, têm o “ADN” necessário para motivar os leitores, e o público em geral, a realizar um turismo mais sustentável, com foco nas experiências nesses concelhos ou regiões, nomeadamente nos territórios de baixa densidade.
Qual é a sua opinião sobre a instantaneidade das fotografias de hoje em dia e como vê o mundo da fotografia atualmente e no futuro?
A fotografia mudou muito desde que foi inventada na primeira metade do século XIX. Vivemos no tempo do Instantâneo, isto é, o momento. As redes sociais e a portabilidade dos dispositivos, por exemplo os smartphones, vieram revolucionar a forma como fazemos e encaramos o ato de fotografar. Estes vieram acelerar a desmaterialização dos objetos e da forma como vivenciamos o nosso quotidiano, a forma como viajamos e as experiências, através delas.
No futuro, a fotografia vai ser mais democrática, mais acessível e mais partilhável. Temos de proteger os direitos de autor face a uma maior partilha e digitalização das imagens. Verifico, com alguma preocupação, que as pessoas preferem comprar um telemóvel do que a adquirir uma máquina fotográfica. O telemóvel tornou-se uma opção natural para quem quer boas imagens, sem muito trabalho e a toda a hora. As pessoas são livres de fazer as suas escolhas. Mas, hoje em dia, os smartphones oferecem mais opções de captura, edição e partilha de imagem do que outros suportes. São rápidos, eficientes e com dimensões reduzidas. Têm um bom desempenho tecnológico. Qualquer que seja o suporte ou dispositivo de captura das imagens, o importante é o nosso olhar sobre o assunto que estamos a fotografar. E interpretar essa realidade. Temos, no futuro, de educar a nossa sociedade a interpretar, analisar e extrair informação das imagens. Falamos muito das pessoas que não sabem ler nem escrever, mas pouco do analfabetismo visual. Será que no futuro iremos ter memória visual? Como arquivista e profissional da informação, fico preocupado com o futuro da documentação fotográfica. O Digital veio agravar este dilema, visto que na falta de um suporte físico, a salvaguarda do património imagético está restringida aos conteúdos disponibilizados online (em servidores) e aos discos rígidos. E a população não imprime fotografias, nem cria álbuns fotográficos, como antigamente. O futuro é digital. E a fotografia está mais integrada nas nossas vidas, fruto da sua democratização e desmaterialização.
Somos uma Sociedade dos Ecrãs. Vivemos para o Mundo Digital. A necessidade de fotografar (e de fazer imagens) nunca foi tão voraz. As pessoas, as instituições e as empresas necessitam de imagens, em quantidade e qualidade, para alimentar os conteúdos digitais dos seus sítios web, blogues, catálogos e redes sociais. Não querendo generalizar (nem ser negativista), as pessoas preferem viver as suas experiências via redes sociais a desfrutar do momento. Hoje, fotografamos para mostrar e partilhar. Não para recordar os momentos em que fomos felizes. Quando fotografamos, devíamos desfrutar da observação do que vemos. Como disse, e bem, Alberto Caeiro: “O essencial é saber ver”. Precisamos de recuperar a “ciência do ver”.
A democratização da fotografia e as redes sociais fomentaram a generalização dos fotógrafos amadores. Muitos deles têm fotografias com enquadramentos fantásticos e projetos apelativos. É fundamental informar-se sobre técnicas e estilos fotográficos, participar em workshops e seguir diversos fotógrafos profissionais ou amadores para evoluirmos na arte fotográfica. A Memória Visual não irá desaparecer, em virtude da imensa quantidade de imagens capturadas em formato digital. Porém, no futuro, terá de ser incentivada a emergência de arquivos digitais, de fotógrafos profissionais e amadores, para uma promoção e salvaguarda do património imagético.
Que projetos tem para o futuro da sua carreira como fotógrafo?
Vejamos, o futuro constrói-se com aquilo que aprendemos do passado e o que fazemos no presente. Palavra de Historiador. O nosso foco é crescer. Este projecto de fotografia e de escrita de viagens é o resultado de um crescimento orgânico, consistente e persistente. Neste momento, pretendo dar mais ênfase à escrita e fotografia de viagens, através da diversificação de conteúdos, temas, países e formas de viajar.
No caso específico da região Oeste, o meu objetivo é escrever mais sobre as potencialidades turísticas desta região de Portugal no meu blogue, nomeadamente, a contínua aposta no Turismo Militar e de um novo “nicho” de mercado emergente no nosso país: o Turismo Ferroviário. Com a futura eletrificação da Linha do Oeste, os visitantes têm uma opção mais sustentável e diferenciadora para conhecer o vasto e riquíssimo património histórico-cultural, móvel e imóvel, existente nas cidades, vilas e aldeias dos concelhos que integram a Rota Histórica das Linhas de Torres. Veja-se o caso particular do património azulejar da Estação de Mafra, do Outeiro e do apeadeiro de Runa.
Pretendo também dedicar-me à investigação histórica sobre as Linhas de Torres. Recentemente li uma obra de ficção “O pequeno-almoço do Sargento Beauchamp”, de Vasco Graça Moura, sobre a presença das tropas napoleónicas durante a I Invasão no nosso país. Fiquei tentado a escrever um romance histórico sobre uma figura ou um episódio particular que tenha ocorrido durante a III Invasão Francesa nas Linhas de Torres, que reflita sobre o impacto económico e social desta guerra e das difíceis condições humanas vividas pela gentes da região Oeste.
Pretendo, ainda, dar um contributo à recriação histórica da Guerra Peninsular. No final de 2019, aderi à Guerrilha de Montagraço. Infelizmente, a pandemia da Covid-19 alterou-me os planos. Todavia, nem tudo é mau. Apesar de estarmos sem eventos de recriação histórica-militar das Guerras Peninsulares, tenho tido oportunidade de participar em treinos com outros grupos de recriação da região Oeste e do Norte do País. É sempre uma boa desculpa para fotografar e uma forma diferente de viajar no tempo, através da minha lente fotográfica.
NOTA BIOGRÁFICA
Rafael Carvalho de Oliveira é mestre em Ciências de Informação e Documentação (variante Arquivística). Licenciado em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) e pós-graduado em Ensino da História no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário pela mesma instituição. É especialista em tratamento documental de Arquivos Fotográficos, área em que trabalhou em diversas instituições públicas e empresas privadas da área. Desenvolve actividades como técnico de documentação fotográfica, onde integra a equipa de investigação que realiza o estudo e tratamento arquivístico do Espólio de José Marques (1924-2012), no âmbito do Projeto Rossio (TNDM II).