A edificação deste povoado data do início do terceiro milénio a.C. e insere-se no processo de emergência de povoados fortificados de altura, nas penínsulas de Lisboa e Setúbal, resultante de profundas transformações socioeconómicas. Trata-se de um dos maiores e mais bem conservados povoados calcolíticos da Península Ibérica e um dos sítios mais emblemáticos para o estudo das primeiras sociedades agro-metalúrgicas peninsulares.
A complexidade das estruturas do Castro de Zambujal indicia que este tenha sido o mais importante centro de fundição e comércio de minério da Estremadura portuguesa, condição potenciada pela vastidão do estuário do Sizandro que, formando à época um porto natural na confluência com a ribeira de Pedrulhos, permitia um acesso direto à navegação marítima. Hoje, modelarmente integrado na paisagem natural circundante e mantido em excelentes condições de estudo, conservação e visita, o Castro constitui um atrativo singular para uma escapadinha cultural a que não é possível ficar-se indiferente.