Aceite o nosso convite para uma pausa de dois dias num território de paisagem diversificada e clima ameno onde a natureza se sente e ouve, às portas de Lisboa, com fáceis acessos rodoviários. Do Tejo ao Atlântico, desfrute de momentos de cultura, lazer e aventura seguindo os trilhos que desenham as Linhas de Torres Vedras, inspirando-se no passado e em harmonia com o património, com a História e com um território que amparou Portugal na defesa da sua independência.
No regresso a casa, sentirá que valeu a pena!
Entre os montes e vales da região saloia, a Aldeia da Mata Pequena é um pequeno povoado rural onde ainda se vive em comunhão com a natureza e se respira pacatez e autenticidade. Simples, rústicas e muito acolhedoras, as casas do povoado, rigorosamente recuperadas, beneficiaram de um intenso trabalho de pesquisa que lhes garante a identidade local e, sobretudo, por graças à persistência de Ana e Diogo, que lhes dedicaram um carinho só possível em gente apaixonada pelo que faz.
A Aldeia da Mata Pequena insere-se na Zona de Proteção Especial do Penedo do Lexim, onde se ergue um vulcão, já extinto, que acolhe uma importante estação arqueológica.
O Barrete Saloio recebe os seus clientes num ambiente rústico, decorado com barros e ferragens de outros tempos. Uma acolhedora lareira enriquece o ambiente e o atendimento é igualmente caloroso. O Barrete Saloio começou por ser uma pensão com taberna e mercearia; hoje é um restaurante de créditos firmados, mantém intactas a tipicidade e qualidade na confeção dos pratos que apresenta.
Aproveite a sua estadia e desfrute de uma experiência gastronómica com a degustação da Farinheira Assada à General, o Arroz de Costeleta com Grelos na Rota Histórica das Linhas de Torres e o Arrepiado de Amêndoa à Duque, tudo acompanhado de um bom Arinto Bucelas Prova Régia.
Ao entrar na Lezíria sul de Vila Franca de Xira, o visitante não pode deixar de se surpreender com a imensa riqueza natural, agrícola e cultural ali existente. No Espaço de Visitação e Observação de Aves, conhecido simplesmente por Evoa e localizado a apenas trinta minutos de Lisboa, pode usufruir de cinco quilómetros de percursos pelas lagoas da reserva; quatro observatórios e vários pontos de observação; visitas guiadas diárias de observação de aves, tendo ao seu dispor telescópios, binóculos e guias; e, ainda, visitas guiadas à exposição permanente. Para este short break sugerimos um passeio de carro elétrico, que ocorre no horário mais próximo da maré vazia para que, na Ponta da Erva, se possa avistar as aves em alimentação nas zonas de vaza, apenas possível nesta altura do dia.
Para iniciar uma visita às Linhas de Torres recomenda-se, como ponto de partida, a passagem por um dos seis Centros de Interpretação temáticos que estão disponíveis neste território. Uma vez que o despertar será em Mafra, sugere-se uma visita ao Centro de Interpretação local, situado bem no centro da vila e a dois passos do Palácio Nacional de Mafra. Desta forma entrará na história das Linhas munido de materiais informativos que lhe serão úteis para a visita.
O Forte do Zambujal, uma das mais elaboradas construções da 2ª Linha, defendia o desfiladeiro de Fonte Boa da Brincosa, o vale da Senhora do Porto (ou Senhora do Ó) e a estrada da Carvoeira. A ligação à zona da bateria é feita através de um túnel escavado na rocha, que o visitante pode atravessar para fruir da área envolvente. Esta estrutura é única no conjunto das Linhas de Torres, bem como o acesso revestido a pedra pelo qual se pode chegar à bateria, direcionada aos pontos de controlo e defesa do Forte do Zambujal e onde se colocavam as duas peças de artilharia que lhe estariam atribuídas.
Instalado num edifício cuja história está intimamente relacionada com a tradição vitivinícola local, apresenta dois espaços expositivos distintos: uma área de exposição permanente, onde o visitante fica a conhecer as principais fases de trabalho da vinha e os meios tradicionais de produção do vinho; e um mezanino reservado para exposições temporárias, cujo teor se desenvolve sempre em torno da temática do vinho. Possui ainda uma loja, oficinas e um centro de documentação especialmente vocacionado para a temática vinícola, assim como um centro de interpretação ligado à história das Guerras Peninsulares.
Pode sempre começar ou terminar a visita brindando à Capital do Arinto com um dos vinhos DOC disponíveis na Loja do Museu.
Palácio de Mafra | 1.º domingo de cada mês, de abril a dezembro, às 16h00.